Assisti a esse vídeo ontem e fique super empolgada porque passa uma mensagem que eu gostaria de ter gritado para o mundo, mas o alcance da minha voz não chega a tanto! rsrs
Bom, a ideia do vídeo é que deixemos de viver sob um rótulo diagnóstico e consigamos ultrapassar essa barreira do "ser uma doença", "ser um transtorno", "ser um diagnóstico" porque primeiro temos que "ser humano" (e mais uma vez me refiro ao ser - verbo - humano).
E digo isso porque conheço pessoas que foram diagnosticadas e vivem sob esse fardo, sob essa constante de ser um transtorno! E claro, a sociedade tende a olhar dessa maneira também. Se antes a pessoa era vista de uma forma, depois de receber o rótulo diagnóstico ela passa a ser o louco, a descontrolada e até mesmo alguém que sofre de frescura! E as etiquetas só aumentam...
Pois bem, vamos esclarecer as coisas! Eu não sou contra o diagnóstico, sei que existem pessoas que realmente sofrem... Mas não sou a favor de diagnóstico deliberado. Deliberado por quê?
Vejamos:
O DSM V (Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais) tá chegando pra confirmar essa minha ideia. O DSM é o livro em que estão catalogados todos os transtornos, doenças mentais e afins. A partir dele os psicólogos podem fazer hipóteses diagnósticas, o psiquiatra pode fechar um diagnóstico e podem ser feitos os diagnósticos diferenciais. (Quanto diagnóstico!). Esse livro facilita a comunicação entre profissionais, o que de fato é muito bom. Atualmente temos a quarta edição (que pode ser visualizada nesse site http://virtualpsy.locaweb.com.br/dsm.php).
Porém, entretanto, contudo, todavia, apesar de estar causando polêmica, a quinta edição do nosso "querido" DSM está prevista para ser lançada em 2013! E adivinhem só: a gama de diagnósticos aumentará e muito. Preparem-se. Ninguém vai ficar de fora dessa! Todo mundo terá o seu rótulo garantido (e por isso o termo 'deliberado')! (site oficial do DSM V http://www.dsm5.org).
Bom, repararam que o gráfico estatístico de pessoas diagnosticadas com alguma coisa vai crescer assustadoramente? O que isso acarreta? Aquilo que eu havia comentado no post anterior: Nós e nossa querida psicofarmacovida! Observem: DSM V = maior gama de diagnóstico = maior "necessidade" de medicação = vida divida em pílulas guardadas na caixinha do remédio. DSM, a indústria farmacêutica agradece!
Perceberam a preocupação com a vida humana? (aquele sorrisinho irônico) rsrs
Okay, remetendo ao primeiro parágrafo e ao vídeo... Somos seres humanos. Os que sofrem com algum transtorno, síndrome, doença e afins com apoio necessário, atenção, respeito, dignidade podem fazer coisas incríveis porque antes de tudo eles são seres humanos com capacidade de superação.
Não gosto de rótulos, mas sou a favor de tratamento adequado a todos que precisam.
Vamos rasgar as etiquetas, vestir a camisa e lutar pelo bem da vida e qualidade dela.
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5 comentários:
bravo! e tb bela, nós doentes mentais, os birutas, somos apenas o sintoma de uma sociedade doente por completo!
o fofinho do krishnamurti ja dizia em 1930: "nao é sinal de saude estar bem adaptado a uma sociedade doente!"
e viva a industria farmaceutica! trilhardaria!
amei sei blog!
Adorei seu blog e seu comentario a respeito do video "Etiquetas psiquiatricas de transtornos". Ainda existe um tabú muito grande qdo o assunto é psiquiatria. A visão de algumas pessoas continuam arcaicas e o preconceito ainda é muito grande. É lamentavel isso em se tratando da busca de uma qualidade de vida e bem viver. Exitem pessoas que necessitam de ajuda e por falta de informação e mudança de cultura. Ficam as escondidas com vergonha sofrendo de um mal que hoje existe controle e até cura.É lamanetavel a tv que é um meio de comunicação que todos tem acesso, não fazer uma campanha para mudar isso. Um grande abraço. Rosa Amélia.
\o/ Finalmente consegui comentar no meu próprio blog. haha
Ana, brigada pelo comentário. Concordo contigo. Vivemos numa cultura que cuida da doença, ao invés de cuidar da saúde. E por trás de tudo, a busca incessante pelo capital.
"trilhosefios", infelizmente ainda existe muito preconceito e falta de informação sobre esse assunto. Vamos tentando mudar esse cenário com trabalho de conscientização. E quem sabe, um dia, esse tabu seja encarado de uma maneira diferente.
Obrigada pela visita, querido@s!!!
Beijos!
Perfeito Léia, principalmente no que diz respeito aos rótulos na infância, que é um organismo ainda em formação. Curti demais seu blog, sucesso!!
Obrigada pela visita e pela contribuição, Elisângela!!
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