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Léia Salazar
Psicóloga. Composta por música e tem um caso infinito com a sétima arte. Adora fotografia e tem verdadeiro fascínio pelas palavras.
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quarta-feira, 15 de agosto de 2012

Meio Psicóloga

Nossa. Isso aqui cheira a poeira!! Quanto tempo sem escrever nada.
A última vez que escrevi estava no quinto semestre... E já o conclui! Portanto, sou meio psicóloga agora! Só falta a outra metade do curso. (Uma professora fez uma brincadeira parecida, fiz uma adaptação. E eu sei que depois da graduação vou ter a vida toda de especializações. rs).
Bom, o fato é que estou no sexto semestre contente e feliz por voltar às aulas (há duas semanas!).
E na primeira aula de psicologia escolar, semana passada, a professora pediu para que nos apresentássemos e falássemos sobre nossas escolhas ou afinidades com as práticas profissionais e abordagens da psicologia (que sabemos,  causam aquela dúvida). Chegada a minha vez de falar. Hum... E agora?
Bem, a resposta é semelhante a um post em algum lugar abaixo. Não sei! Não decidi! Óh céus! Óh vida! O Que fazer? Estudantes de psicologia e psicólogos que já passaram por isso... Como faz pra sair dessa indecisão?

Okay. Vamos organizar os pensamentos. A coisa não está tão avulsa assim.
Durante o quarto e o quinto semestre percebi que gosto muito de psicopatologia (mesmo não tendo tido essa matéria ainda). Houve todo um contexto motivador para eu ler e pesquisar sobre assuntos relacionados à psicopatologia. Tive oportunidade de vistar um clínica psiquiátrica e a ter contato com pessoas que sofrem algum tipo de transtorno, síndrome e afins, não só dentro da clínica como fora também. Percebi o quanto são pessoas que sofrem um estigma por estarem fadados a um rótulo que os limita. Infelizmente no nosso "admirável mundo" tem-se uma cultura "taxonômica", sempre nos classificando, rotulando. E além dessa questão da categorização, tem a questão da medicalização (a nossa psicofarmacovida), da internação, do acesso fácil aos CAPS (uma rede maior com atendimento de qualidade). Enfim, foi um cenário que me trouxe diversas reflexões e críticas acerca do meu papel como futura profissional e como cidadã.
Resumindo: Eu encontrei um sentido, um objetivo, um ideal para engajar minha futura prática profissional (um grande avanço!). Mas até o fim da graduação... Muita coisa pode mudar.

E a linha teórica?! Hummmm!!! Esse é um pepino dos grandes!!!
O comportamentalismo continua a fazer sentido pra mim, embora ache que não responde a algumas perguntas que eu propunha. Continuo amando ler fenomenologia, existencialismo... volta e meia pego alguma referência. Eu e Psicanálise... Psicanálise e eu... Às vezes parece um amor platônico ou não correspondido. Um amor que vai crescer, talvez! Quem sabe até o fim da graduação eu me renda de vez à Psicanálise e a Psicanálise me escolha para si! (ihhh... isso 'tá virando conversa de bar! Vamos parar por aqui).

É só o começo de um longo caminho que vem pela frente, mas o post termina por aqui!!!

P.S.: Vou começar terapia com um psicanalista e estou empolgadíssima!!!!!

"A experiência é para mim a autoridade suprema." (Carl Rogers)

sábado, 17 de março de 2012

Etiquetas

Assisti a esse vídeo ontem e fique super empolgada porque passa uma mensagem que eu gostaria de ter gritado para o mundo, mas o alcance da minha voz não chega a tanto! rsrs

Bom, a ideia do vídeo é que deixemos de viver sob um rótulo diagnóstico e consigamos ultrapassar essa barreira do "ser uma doença", "ser um transtorno", "ser um diagnóstico" porque primeiro temos que "ser humano" (e mais uma vez me refiro ao ser - verbo - humano).
E digo isso porque conheço pessoas que foram diagnosticadas e vivem sob esse fardo, sob essa constante de ser um transtorno! E claro, a sociedade tende a olhar dessa maneira também. Se antes a pessoa era vista de uma forma, depois de receber o rótulo diagnóstico ela passa a ser o louco, a descontrolada e até mesmo alguém que sofre de frescura! E as etiquetas só aumentam...

Pois bem, vamos esclarecer as coisas! Eu não sou contra o diagnóstico, sei que existem pessoas que realmente sofrem... Mas não sou a favor de diagnóstico deliberado. Deliberado por quê?
Vejamos:
O DSM V (Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais) tá chegando pra confirmar essa minha ideia. O DSM é o livro em que estão catalogados todos os transtornos, doenças mentais e afins. A partir dele os psicólogos podem fazer hipóteses diagnósticas, o psiquiatra pode fechar um diagnóstico e podem ser feitos os diagnósticos diferenciais. (Quanto diagnóstico!). Esse livro facilita a comunicação entre profissionais, o que de fato é muito bom. Atualmente temos a quarta edição (que pode ser visualizada nesse site http://virtualpsy.locaweb.com.br/dsm.php).
Porém, entretanto, contudo, todavia, apesar de estar causando polêmica, a quinta edição do nosso "querido" DSM está prevista para ser lançada em 2013! E adivinhem só: a gama de diagnósticos aumentará e muito. Preparem-se. Ninguém vai ficar de fora dessa! Todo mundo terá o seu rótulo garantido (e por isso o termo 'deliberado')! (site oficial do DSM V http://www.dsm5.org).
Bom, repararam que o gráfico estatístico de pessoas diagnosticadas com alguma coisa vai crescer assustadoramente? O que isso acarreta? Aquilo que eu havia comentado no post anterior: Nós e nossa querida psicofarmacovida! Observem: DSM V =  maior gama de diagnóstico = maior "necessidade" de medicação = vida divida em pílulas guardadas na caixinha do remédio. DSM, a indústria farmacêutica agradece! 
Perceberam a preocupação com a vida humana? (aquele sorrisinho irônico) rsrs

Okay, remetendo ao primeiro parágrafo e ao vídeo... Somos seres humanos. Os que sofrem com algum transtorno, síndrome, doença e afins com apoio necessário, atenção, respeito, dignidade podem fazer coisas incríveis porque antes de tudo eles são seres humanos com capacidade de superação.
Não gosto de rótulos, mas sou a favor de tratamento adequado a todos que precisam.
Vamos rasgar as etiquetas, vestir a camisa e lutar pelo bem da vida e qualidade dela. 

terça-feira, 6 de março de 2012

"Irremedicável"


Ultimamente uma questão tem me incomodado bastante. Aliás, não é mais somente uma questão, é algo que se tornou um fato (e um fato próximo a mim, diga-se de passagem). Okay, vamos ao assunto:
Tenho percebido que a vida humana vem se tornando uma caixinha de remédios. Um amontoado de pílulas...

"Temos para todas as ocasiões! O relacionamento terminou? Teve aquela briga com sua mãe? Estudou muito nesse fim de semana ou não conseguiu se concentrar? Venha, cliente amigo, temos o comprimido sob medida para você!"

Eu sei, claro, que existem casos em que a medicação é realmente necessária. Mas será que para tudo tem que ser assim? O remedinho vai mesmo eliminar o elemento central que ocasiona o desprazer, o sintoma (tenho a impressão que não, hein!)? E por que será então que nossa vida tem se tornado tão "farmacológica"? A praticidade? A rapidez da "solução"?
Penso que esse ponto também tenha influência. De fato, vivemos numa época em que tudo acontece numa velocidade que chega a ser fadigante. A sociedade cobra essa rapidez e não nos dá tempo para que possamos ter momentos de fraqueza.
Mas o fator crucial da história, a meu ver, está na comodidade e talvez até no medo de "cutucar as feridas"
. Dói mexer nos conflitos. Para quê vasculhar lembranças e angústias que estão aparentemente quietas (digo aparentemente porque, pelo meu viés psicanalítico, acredito que esse conteúdo é pulsante, mas não quero me ater a teorias), se eu posso simplesmente me medicar e "viver bem"? Mas será que esse "viver bem" é realmente efetivo?
Essa última pergunta eu faço com base em observações do meu cotidiano. Percebo que as pessoas ser tornam como que escravizadas pelos fármacos, em que se vêem na situação de que somente com o uso de fármacos poder-se-á chegar ao equilíbrio (mesmo com alguns efeitos colaterais). "Mas e daí se esse remédio tira meu apetite sexual?! É só com ele que consigo ficar bem!". Isso mostra como o sofrimento humano pode ser grande e intenso, a ponto de abdicar algo para se sentir melhor. Mas também não consigo ver outra alternativa de alívio efetivo desse sofrimento que não a psicoterapia, a fala, o momento de vasculhar, de mexer no cantinho que mais dói e não simplesmente camuflar.
É importante salvaguardar que existem sim casos em que o uso de fármacos é essencial. Mas acredito que existem casos "irremedicáveis" (permitam-me o neologismo!).

E por essas e por outras que acredito piamente no trabalho de psicoterapia e não desisto desse ideal!
O Homem é biopsicossocial... acho injusto reduzi-lo unicamente ao biológico.

P.S., Não tomei por base nenhuma teoria. São só pensamentos do cotidiano de uma estudante, que podem estar no caminho certo ou completamente equivocados! Isso a troca de ideias com outros estudantes e profissionais e a experiência vão me dizer... rs

sábado, 18 de fevereiro de 2012

A priori...

Em uma discussão recente com um estudante do décimo semestre de psi., aprendi lições valiosas. Não, ele não me deu nenhuma aula, não me explicou nenhuma teoria, mas me fez refletir (sem intenção) sobre o ser psicólog@ e, mais além, sobre o ser (verbo) humano.
Falava sobre um assunto pessoal oom ele, quando de repente ele me veio com argumentações cheias de pré-conceitos e a prioris, fazendo inferências errôneas e afirmações que eu não havia feito, desconsiderando por completo a história que eu havia contado e focando apenas no que ele achava (de acordo com a perspectiva dele) errado. Resumo da ópera: foi um juízo de valores total, uma imposição do que ele considera certo em detrimento de tudo que eu havia exposto. Desastroso!! Até brinquei dizendo que se fosse em um consultório, o paciente não voltaria e faria questão de não indicá-lo a nenhum conhecido. O contra-argumento foi que ele não estava ali como psicólogo. Sim, e nem eu o tomei como psicólogo, foi apenas uma brincadeira.
Mas nessa brincadeira me veio a reflexão: Por que habitualmente somos cheios de pré-conceitos e esperamos que como psicólog@s não sejamos assim? Será que o fato de entrar em um consultório e sentar na cadeira d@ psicólog@ vai nos dar superpoderes e nos tornar seres humanos perfeitos? Será que para treinar o ser psicólog@, não temos que treinar o ser (verbo) humano da melhor forma? Qual a garantia de que não faremos juízo de valores dentro do consultório, se já fazemos tanto isso fora dele?
Não quero com isso dizer que temos que ser perfeit@s, abrir mão das nossas opiniões, valores, etc., quero apenas fazer um exercício de reflexão com as essas questões que foram apontadas acima. E outras também, de pessoa para pessoa, como: é preciso "atacar" o outro para fazer valer sua visão? E de estudante de psicologia para estudantes de psicologia e psicólog@s: somente a teoria pura, sem a experiência com o outro, sem o exercício de olhar para o outro tentando compreende-lo e não julgando-o, nos tornarão profissionais de excelência que fazem uma diferença na vida de nossos pacientes?
Eu, apaixonada pela psicologia como sou, penso que o ser psicólog@ vai muito além de ter um diploma, "um CFP", um consultório... É um ofício que requer lapidação constante de nós mesmos.

"Por aprendizagem significativa, entendo, aquilo que provoca profunda modificação no indivíduo. Ela é penetrante, e não se limita a um aumento de conhecimento, mas abrange todas as parcelas de sua existência." (Carl Rogers)

terça-feira, 11 de outubro de 2011

A Psicologia e suas psicologias

Agora na metade do quarto semestre, encontro-me em plena crise existencial por causa dessa Psicologia... Ah, a Psicologia e suas psicologias!! Não sei se todo estudante passou por isso, mas acho que só os que realmente estão em processo constante de reflexão sobre o que é ser psicólogo passa por isso.
No início é como começo de um relacionamento... Tudo perfeito. Cada teoria era apresentada, brevemente explicada e, assim, o primeiro e segundo semestre foram fantásticos... Tudo explicava tudo! Por vários momentos deu até vontade de cair nas garras do ecletismo!!! Que pecado!!! Pensamento de um pobre novata que mal sabia o que estava por vir...
O primeiro ano se foi e a vontade de ler, conhecer, explorar essa ciência "misteriosa" aumentou... E com isso, apareceram-se as angústias (termo tão utilizado por psipessoas que encontro).
As dúvidas foram aparecendo, os questionamentos - alguns esclarecidos, outros ainda sem respostas convincentes.
E nesse meio em que um defende uma abordagem, outro defende outra... Fica a dúvida: E agora, o que seguir? Todas essas teorias explicam bem o que pretendem, em contrapartida todas têm uma lacuna... Algo que falta. E agora?
Seguir uma teoria é negar outra que também faz sentido. Será que tudo precisa ser negado? Será que não existe um ponto de conexão? Será que essas muitas perspectivas são boas... são ruins? Será que seria melhor algo unificado? Será... será... será...
Ainda virão muitos outros questionamentos. E quanto às respostas? Será?

domingo, 4 de setembro de 2011

"Mas afinal, Freud explica ou não explica?"



Recentemente escrevi essa frase no subnick daquele programa de mensagens instantâneas e a polêmica foi gerada. Ao contrário do que imaginei, várias pessoas vieram dar seu ponto de vista, mesmo que não fosse necessariamente um ponto de vista. Enfim, os menos entendidos sorriam, faziam piadas, aquela coisa feliz! Alguns colegas behavioristas bem no estilo "no Freud, yes Skinner!" responderam gentilmente: "Explica p*** nenhuma!" Que pena, caíram naquele extremismo tão triste... Afinal, o extremismo impossibilita uma visão mais ampla acerca do assunto. No fim das contas, só foi estabelecido um diálogo produtivo com uma pessoa, que por sinal também é simpatizante da psicanálise.

O fato é que eu me pergunto:

Freud era/é realmente obrigado a explicar tudo?!

Nossa, e tem gente que ainda fala "nem Freud explica!", como se isso tornasse aquele fato incomensurável! (Eu já fiz isso, antes de entrar na cúpula quadrangular dos estudantes dessa arte psicológica). Mas afinal, por que não Einstein explica, Mestre dos Magos explica, Lula explica?!
Okay! Respondendo à minha pergunta: Não! Eu penso que ele não era obrigado a explicar tudo, porque apesar de gênio, ele não chegava a ser Deus, oráculo, google ou meu professor de Psicologia Social. O que ele pretendeu explicar, foi bem muito explicado, obrigada!! Mas têm coisas que não há como explicar, como, por exemplo, alguém conjugar o verbo com o "mim", ou o porquê de existirem poríferos humanos circulando entre nós, meros mortais. Aí... Vem um povo que nem sabe quem foi Freud e já coloca o pepino na mão dele querendo que ele resolva as coisas.

É Freud, viu!

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Aberta a temporada de caça!!!

Tô no quarto... Literalmente e academicamente!!! *-* Tem ideia do que é isso?! É 40% de conclusão de curso!! Faltam apenas 3 anos e meio! Oh!! 3 anos e meio!! O que são três anos e meio?! hahaha
Eu fico imaginando que no terceiro semestre eu já tive a minha primeira crise psicossomática! Na última semana daquele traumatizador semestre o pescoço e as costas travaram e eu ganhei uma gripe daquelas! Pelo menos foi só isso... Daqui pro décimo eu me descubro borderline, psicopata... Essas coisas assim! Por enquanto a gente fica nessa neurose padrão!
O fato é que... A temporada de caça (às notas) começou! E e bom a gente garantir a sobrevivência agora no começo porque no final do semestre... nós nos tornamos a caça!!!

P.s.: Ainda bem que a minha terapia já começa semana que vem!